O DRAMA DOS ACADÊMICOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS EM COARI

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Na última quinta-feira (08/03), os acadêmicos do 4º 2º períodos de medicina do Instituto de Saúde e Biotecnologia – ISB/Coari realizaram uma manifestação pacifica, que teve início na sede do Instituto e seguiu em  caminhada até a construção do prédio de Medicina que fica próximo da sede da UFAM em Coari. O objetivo do protesto é chamar a atenção para os grandes problemas que os acadêmicos vêm enfrentando com a falta de professores e de infraestrutura adequada para o funcionamento do curso de medicina.

A pauta de reivindicação do ato tratou da falta de professores para lecionar algumas das principais disciplinas do período no qual estão matriculados. Durante o ato os estudantes sentaram no chão do corredor, e gritavam palavras de ordem como "hoje é só o primeiro dia" e "queremos professores, UFAM nos leva sério".

O acadêmico Hiago Leite criticou a morosidade na realização do concurso público para professores e o indeferimento das inscrições de médicos voluntários para lecionar nas disciplinas do curso e afirma: "os principais prejudicados somos nós, pois corremos o risco de prolongar o período de formação acadêmica, e isso não podemos aceitar. É apenas um dos motivos que nos levaram a manifestar, existem vários outros" concluiu o acadêmico do do 2º período de medicina.

A forma como a educação tem sido tratada no interior do Estado é preocupante, uma vez que a falta de professores é apenas um de uma série de problemas no ISB/Coari que precisam ser reparados imediatamente. Outros problemas são a falta de materiais nos laboratórios para as aulas práticas e acervo desatualizado ou inexistente na biblioteca.

Não é a primeira vez que acontece um ato de manifestação no Campus da UFAM em Coari, há cerca de dois anos, estudantes de enfermagem organizaram um ato no hall da universidade que, por incrível que pareça, tratava do mesmo problema, o que nos leva a pensar que as medidas tomadas no decorrer deste período de tempo tem sido apenas paliativas, ou seja, não tratam a causa, apenas o efeito, assim o que parece é que não há comprometimento em resolver o problema.

O que vemos através desta atitude dos futuros profissionais de saúde do nosso país é a indignação com o descaso por parte dos gestores desta renomada instituição pública de ensino para com a educação superior no interior do estado, pois se há dois anos o problema está posto e ainda não foi resolvido, significa que há alguma coisa errada. O que? Isso precisamos saber.


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