Nicolás Maduro decreta mais uma vez o estado de exceção na Venezuela


País tem inflação de mais de 700% ao ano. Essa situação dramática acabou trazendo ao Brasil muitos venezuelanos.
16/05/2017 21h22 - Atualizado em 16/05/2017 21h22
O presidente da VenezuelaNicolás Maduro, decretou um novo estado de exceção e emergência econômica. A medida restringe as garantias constitucionais em todo o país.
Nos protestos das últimas seis semanas, o número de mortos chegou a 42. Na segunda (15), os oposicionistas ocuparam estradas e avenidas em protesto contra a escassez de alimentos, a crise na saúde pública e a inflação de mais de 700% ao ano. Os manifestantes querem eleições e a libertação de presos políticos.
Essa situação dramática acabou trazendo ao Brasil muitos venezuelanos, inclusive índios. Em Manaus, o Ministério Público Federal pediu à prefeitura e ao governo do Amazonas um plano especial de assistência humanitária.
A maioria dos venezuelanos está morando e vivendo como pedinte pelas ruas. Em dois meses, um homem e dois bebês morreram por problemas de saúde. Na tarde desta terça-feira (16), outra criança foi diagnosticada com sintomas de pneumonia. Também foram confirmados, dois casos de tuberculose entre os índios, pela coordenação municipal de controle da doença.
Há mais de uma semana, a prefeitura de Manaus decretou situação de emergência social por conta das dificuldades que os venezuelanos estão enfrentando. O decreto indicou algumas ações nas áreas de educação e saúde.  O Ministério Público Federal também fez recomendação aos governos municipal e estadual, deu dez dias para a implementação de um plano para assistência humanitária. O prazo acaba na quarta-feira (17).
“Já nessa semana, que já se tenha algo integrado, porque hoje eles estão apagando fogo praticamente: ‘tem um problema aqui, eu corro, tem um problema lá, eu corro'", comenta Fernando Soave, procurador.
O governo interino do Amazonas declarou que um abrigo será providenciado. “Vamos oferecer um galpão para que eles possam ficar abrigados do sol, da chuva”, destaca David Almeida, PSD, governador interino.
Técnicos da Secretaria de Saúde de Manaus estão atendendo nos locais onde vivem os venezuelanos. A Arquidiocese da capital cedeu espaço para o atendimento médico. Um mutirão para vacinar contra gripe, sarampo, caxumba e rubéola foi organizado.
Para o prefeito de Manaus, o Governo Federal deve aumentar o controle de entrada de venezuelanos no Brasil.
“A ideia que o Governo Federal está nutrindo é de fazer uma barreira em Pacaraima, tem 30 mil venezuelanos lá querendo entrar em Boa Vista, e quem sabe uma parte migrando para Manaus. Seria um transtorno muito grande para nós. Queremos cuidar bem daqueles que já estão aqui”, afirma Arthur Virgílio Neto, PSDB, prefeito de Manaus.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário anunciou que vai traçar uma estratégia com as secretarias estadual e municipal de Assistência Social para atender aos venezuelanos em Manaus.

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