HOMEM BALEADO MORRE EM FRENTE AO QUARTEL DA POLÍCIA EM COARI


20/05/2017

Por volta das 20h00, policiais militares do 5° BPM, foram acionados na entrada do Quartel por um cidadão que disse ter sido vítima de tentativa de homicídio juntamente com seu amigo que estava ferido.

De acordo com os policiais militares, a vítima informou que trafegava na estrada do aeroporto sentido centro quando foram surpreendidos por dois infratores armados  em uma motocicleta do tipo Brós de cor escura. A vítima acelerou sua motocicleta quando ouviu os disparos e foi pedir socorro no quartel da Polícia.

Os policiais militares, disseram que chegaram na entrada no quartel onde este havia abandonado a motocicleta e encontraram seu amigo ferido, porém, este foi a óbito no local. Os policiais perceberam também que a vítima solicitante também havia sido atingida  com pelo menos um tiro nas costas e prestaram socorro.

A vítima que foi a óbito foi identificada como: GEILSON CARVALHO RIBEIRO, 24, morador do bairro Duque de Caxias. A vítima socorrida foi identificado como:  WALLACY VIEIRA. DA SILVA, 18, reside no bairro Espírito Santo.

Segundo os policiais militares, após as vítimas sairem do local, diversos populares informaram ter visto como suspeito um suposto traficante conhecido como "Vitão" em uma motocicleta Brós, entretanto, nenhuma quis ser arrolada como testemunha com medo de represálias.

Segundo Major Pedro Moreira, Comandante do 5° BPM, o crime pode ter sido motivado pela disputa da hegemonia no comando do tráfico de drogas na cidade. Na semana passada, a Polícia Militar prendeu dois pistoleiros em Coari que confessaram estar a mando de um presidiário recolhido na Unidade Prisional de Coari - UPC e que supostamente comanda o tráfico de dentro da cadeia.

Ainda de acordo com o Maj Pedro Moreira, hoje os "xerifes" vivem como querem dentro da UPC, permanecendo no local conhecido como "isolamento" onde estão "Nego do Catara" e "Mata-Porco" acompanhados de seus "soldados". O isolamento hoje, é o local onde possuem as melhores celas da Unidade, estão todas na cerâmica e foram reformadas, segundo informes a mando de "Nego do Catara" nos moldes das antigas "celas de luxo" existentes no Compaj.

Quando a previsão de visitas por parte de autoridades no Presídio tudo é organizado e maquiado para que transpareça aparente normalidade, os cadeados são postos nas celas, o local é limpo, os presos fora dos corredores, mas a realidade é outra e os presos fazem o que bem querem. A Unidade Prisional só aparenta uma tranquilidade hoje porque os "xerifes" temem ser transferidos para Capital e estão "comportados"., disse o Comandante.

O Comandante disse ainda, que se o Estado não tomar providências e intervir para que sejam transferidos para Manaus os "xerifes" do tráfico que cumprem pena na Unidade Prisional de Coari - UPC e não vir uma equipe de Policiais Civis de Manaus para fazer um trabalho sério de investigar e prender esse suposto traficante conhecido por "Vitão", e outros como "Cimazinho", Coari continuará sendo destaques negativos nos jornais por conta do banho de sangue promovidos pelos cabeças de quadrilhas de traficantes e "piratas de rio". É necessário que haja um trabalho que reflita a curto e a médio prazo pelo menos e não somente medidas paliativas como Operações Policiais que não surtem efeito, pois os marginais se escondem e quando a Polícia se retira, eles voltam a atuar. Deve haver investigação com calma, com tempo, com escutas para que se alcance um resultado positivo. Hoje a Polícia Civil não tem policiais suficientes e o serviço de investigação não acontece. Quando alguém é roubado e faz Boletim de Ocorrência é a Polícia Militar que "investiga" e prende o criminoso, e isto está errado. Logo, logo haverá problemas para os Policiais Militares em virtude de extrapolarem sua competência e fazerem trabalho de outro Órgão.

Se nada for feito, esse e outros crimes continuarão sem solução no Município de Coari, e o que é pior, o tráfico continuará ditando ordens na cidade, e o Estado e suas instituições desacreditas pela população como acontece hoje. Muitos deixam de procurar a Polícia, a Delegacia e a Justiça por não acreditarem que haverá uma solução ou uma resposta positiva, finalizou o Major Pedro Moreira.

*LINHA DIRETA DO 5° BPM: (97) 99182-4473*

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